Após um ano consideravelmente conturbado no que diz respeito ao cenário político, o País passou por ajustes de gastos visando a estabilidade econômica e a volta do crescimento, pois a instabilidade política mostrou seu reflexo num momento difícil para a economia do País.
Aparenta ser uma contradição o fato de que a longa luta do partido que governa o País, provinda da busca da realização dos interesses sociais, hoje se encontra à frente do País, no entanto, dirigindo uma conjuntura de crises e de instabilidades, fruto da corrupção que, no momento de transição da euforia de ascensão da classe menos favorável, tomou conta da cena inovadora.
Todos os benefícios explicitados em políticas sociais que ofertam melhores condições de vida para os que estão na vulnerabilidade devem ser levadas em conta, no sentido da não satisfação e contentamento com a estrutura mais profunda que precisa de mudanças.
O assistencialismo deve possuir um caráter constante e oferecer segurança aos atendidos. Porém, tanto o governo quanto a população são responsáveis pela melhor adequação dos parâmetros sociais concernentes a essas questões.
Em meio a situações de crises, o foco da efetivação dos interesses sociais e das reformas estruturais que são sinônimos fica à mercê da volta do rumo favorável do País. Com efeito, é notória a necessidade urgente de o Brasil amadurecer as questões que assolam o sistema partidário.
Infelizmente, mesmo com positivas mudanças no âmbito do cenário social das classes, ainda há muito o que ser feito para a efetivação dos diretos básicos inerentes à dignidade humana. E são exatamente os diretos sociais previstos na Constituição que precisam ganhar efetivação social.
Dessa forma, haverá a valorização do regime democrático com expressões constitucionais respaldadas por vínculos estatais, dos movimentos históricos que se engajaram na transformação do momento político outrora vivido pelo País.
Diante das realidades difíceis, devem sobressair os ideais primeiros que nortearam a conquista do poder em mandatos passados, para que, assim, retomados os alicerces esquecidos, aconteça a desenvoltura processual de superação dessa situação de desesperança sociopolítica.
Por: Felipe Augusto Ferreira Feijão
Estudante de Filosofia na Faculdade Católica de Fortaleza (FCF) Contato do Autor: faffeijao@gmail.com
Fonte: Publicado no Jornal O Povo (Jornal Hoje / Opinião), Fortaleza, 12/01/2016